O seguro de vida é um investimento incontornável para poupar, preparar a reforma ou transmitir um capital. Para além das utilizações clássicas, este produto seduz também pela sua grande flexibilidade de investimento, que permite diversificar a poupança por várias categorias de ativos, adaptando-se ao mesmo tempo ao perfil de risco do investidor. Outra vantagem crucial reside na transmissão: pode designar livremente quem irá receber o montante do seu seguro. Tem a possibilidade de alterar gratuitamente os beneficiários do seu contrato, conforme pretender. Além disso, quando é subscrito no Luxemburgo, beneficia de um quadro de proteção único, que reforça a segurança dos seus ativos em caso de incumprimento da seguradora. No entanto, perante as diversas opções — capital garantido, unidades de participação: fundos de investimento, ações, obrigações, afetação de ativos… — pode ser difícil escolher. Quais são as diferenças e como escolher? Eis um guia para o ajudar.
1. Seguro de vida: um envelope de investimento polivalente
O seguro de vida não é apenas um contrato de poupança, é também um verdadeiro envelope de investimento que lhe permite distribuir o seu dinheiro entre diferentes tipos de ativos, com variados níveis de risco e de rendimento. Esta flexibilidade permite-lhe adaptar a sua estratégia de investimento em função dos seus objetivos financeiros, seja para garantir a sua poupança ou para procurar rendimentos com melhor desempenho a longo prazo.
No Luxemburgo, existem duas grandes categorias de seguros de vida:
O capital garantido, com uma taxa de juro fixa que oferece estabilidade e segurança
As unidades de participação (UP), potencialmente com melhores desempenhos, mas mais expostas ao risco.
A escolha entre estas duas opções depende principalmente da sua tolerância ao risco, dos seus objetivos e do seu horizonte de investimento.
2. O capital garantido: segurança e estabilidade
O capital garantido beneficia de uma taxa de juro fixada pelo Comissariado dos Seguros, a autoridade de controlo das seguradoras. Em complemento, uma eventual participação nos benefícios pode ser definida todos os anos pela companhia de seguros, em função dos seus resultados e da evolução das taxas de juro dos mercados financeiros. Desta forma, o seu capital fica protegido e pode receber juros todos os anos. Estes juros consideram-se como definitivamente obtidos, o que lhe garante uma progressão regular da sua poupança, sem risco de perda de capital. No entanto, os rendimentos diminuíram nos últimos anos e não são muito elevados. O capital garantido é, por isso, especialmente adequado para os investidores prudentes que pretendam constituir uma poupança segura, sem exposição às flutuações dos mercados.
3. As unidades de participação (UP): para uma poupança mais dinâmica
As unidades de participação (UP) são instrumentos de investimento não garantidos, cujo valor flutua em função dos mercados financeiros. Permitem aceder a uma grande diversidade de ativos, como os fundos de investimento, os fundos de ações, os fundos obrigacionistas, os fundos mistos, as matérias-primas, entre outros. O objetivo é procurar obter, a longo prazo, um rendimento superior ao do capital garantido, aceitando uma certa volatilidade.
As unidades de participação são adequadas para os investidores que aceitem um risco moderado a elevado, em troca de um potencial rendimento mais atrativo. São particularmente adequadas a investidores com um horizonte de investimento a longo prazo, que pretendam dinamizar as suas poupanças.
Ao escolher unidades de participação no seu contrato, investe em fundos de investimento. Concretamente, isto significa que não está a comprar diretamente ações ou obrigações, mas sim uma parte de um fundo coletivo, que reúne a poupança de vários investidores. Este fundo é, então, gerido por profissionais, que seguem uma estratégia previamente definida (prudente, equilibrada, dinâmica, sectorial, etc.).
Uma das grandes vantagens destes fundos é a diversificação: permite distribuir os investimentos por vários tipos de ativos, zonas geográficas, divisas ou temas (como o ESG), diminuindo assim o risco global da carteira. O valor do fundo flutua em função do desempenho dos ativos de que ele é detentor, e os ganhos (ou perdas) são partilhados entre os investidores, na proporção das suas unidades de participação. É uma forma simples e eficaz de aceder aos mercados financeiros, tirando também partido da perícia de gestores especializados.
4. Os principais fundos disponíveis na LALUX
Desta forma, a LALUX propõe uma seleção de fundos externos diversificados, geridos por especialistas financeiros e acessíveis de acordo com o seu perfil de risco. O seu gestor faz-lhe algumas perguntas para definir o seu perfil de investidor e recomendar fundos com um nível de risco adaptado aos seus objetivos e à sua situação.
Os fundos podem ser compostos por diversas categorias de ativos, como:
Obrigações de Estado ou de empresas: para um investimento estável com rendimento moderado.
Ações: para um potencial de rendimento mais alto, com um nível de risco ajustável.
Matérias-primas (como o ouro): são vistas como valores seguros em caso de inflação.
Fundos ESG: alinhados em critérios ambientais, sociais e de governação, beneficiam da certificação LuxFLAG, que garante uma seleção conforme às normas ESG por um organismo independente.
O seu gestor de confiança mantém-se ao seu dispor para acompanhar as suas escolhas de investimento.
Não se esqueça de que, a qualquer momento, tem a possibilidade de alterar a distribuição dos seus investimentos, através de uma simples arbitragem, de forma a garantir as mais-valias, minimizar as perdas ou aproveitar oportunidades.
5. Como escolher o seguro de vida mais adequado para investir?
Se a sua prioridade for a segurança, é preferível optar por um capital garantido. Se procurar um bom compromisso, combinar um capital garantido e um fundo de investimento pode ser uma boa estratégia. Para obter um rendimento elevado a longo prazo, os fundos de investimento podem ser uma opção sensata.
Por fim, mas não menos importante, os investidores em produtos de seguros de vida luxemburgueses beneficiam de uma proteção particularmente sólida conferida pela regulamentação luxemburguesa. Os ativos associados aos seus contratos são depositados num banco de custódia certificado pela autoridade de controlo do setor, o Comissariado dos Seguros, e estão rigorosamente separados dos ativos próprios da empresa. Assim, em caso de problema, tem, coletivamente com os outros investidores, prioridade na recuperação dos seus ativos. Acresce a isso o chamado “super-privilégio”: enquanto subscritor, é reconhecido como credor privilegiado no conjunto dos ativos da empresa. Se a empresa falir, o subscritor tem prioridade sobre o Estado, os organismos sociais, os empregados e qualquer outro credor. Uma garantia adicional de tranquilidade.
O seguro de vida é muito mais do que um mero produto de poupança: é um instrumento de gestão patrimonial flexível e seguro. Independentemente de ser prudente, equilibrado ou dinâmico, existe uma combinação adaptada ao seu perfil. Graças à flexibilidade do seguro de vida, pode combinar as vantagens do capital garantido e dos fundos mais dinâmicos, consoante as suas necessidades. Vamos lá otimizar a sua poupança? Aproveite os conselhos personalizados do seu gestor para fazer as escolhas certas e multiplicar o seu investimento com toda a confiança.